terça-feira, 11 de março de 2008

A Alma do Karate-Do: Ato 6

Resumo do Sensei José Roberto de Oliveira Braga da obra Movimento inicial e Postura por Masatoshi Nakayama, em 9 Atos.

Na essência da alma do karatê-do está o desejo de harmonia entre as pessoas. Tal harmonia é baseada na cortesia, e diz-se que o Caminho Marcial japonês começa com cortesia e termina com cortesia. Assim é com o karatê-do. Mestre Funakoshi reuniu os kata dos seus precursores e então os sistematizou em 15 tipos de kata para prática.

Um deles, chamado Kanku, simboliza o desejo de harmonia, a alma de karatê-do. Ao contrário de qualquer outro padrão, ele começa com uma ação sem relação com defesa ou ataque. As mãos são unidas, as palmas para fora, e o praticante olha para o céu pelo orifício triangular formado pelos polegares e pelos dedos. Ele expressa auto-identificação com a natureza, tranqüilidade, e o desejo de harmonia.

O praticante de karatê sempre deve ter um coração humilde, uma atitude suave, e um desejo de harmonia. O karatê é verdadeiramente a arte de homens virtuosos.

O karatê e o vazio “Não há movimento inicial em karatê” é uma coisa. “Não há postura (kamae) no karatê” é outra. O primeiro representa o aspecto ético do karatê-do. O segundo resume a própria atitude de treino ou luta real. Ambas as declarações são elementos integrais da alma do karatê-do.

Quando dizemos, “não há postura no karatê”, nós basicamente queremos dizer que: você não deveria endurecer seu corpo; você sempre deveria se relaxar para estar pronto para qualquer ataque de qualquer direção. Quando o vento forte sopra, o carvalho duro resiste e quebra, o salgueiro flexível dobra e sobrevive.

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