quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Nem capacetes de segurança previnem a encefalopatia pugilística



Protetor de cabeça não faz muito para proteger danos ao cérebro. No caso do capacete usado no Karatê interestilos, por exemplo, ainda há o incômodo de haver ferimento severo na área ao redor da boca por causa da grade de proteção, que passa a atuar como vilã.


Um golpe neste capacete não impede a rápida aceleração do cérebro dentro do crânio, e nada para impedir o impacto inevitável do cérebro, possivelmente resultando em uma concussão.


Os capacetes estilo do boxe ou karatê interestilos, cria uma responsabilidade a mais para o usuário por que sempre reduz a visão periférica. Isso resulta em mais golpes levados na cabeça, principalmente chutes. Consequência não intencional é certo, mas é grave.


Nocautes acontecem o tempo todo no boxe amador, não é mesmo? Há algum benefício de se estar usando o capacete? Certo. Claro que quando você treina em superfícies duras (chão ou pavimento) ou irregulares (grama), você odiaria deixar seu crânio ser atingido por algo cortante ou duro quando se cai. O capacete pode impedir isso.


O capacete também protege contra cortes e arranhões na pele. Para a maioria de nós, apenas um pequeno corte nos faz parecer mais difícil voltar a trabalhar na segunda-feira.


Pode-se ter certeza de que há uma ligeira redução do impacto de um golpe. Eu preferiria levar um pontapé tailandês ao capacete que protege o meu crânio, mas se eu usar capacete eu nunca poderia ver o golpe chegando.


Existe uma percepção de que o capacete evita lesões cerebrais. Embora não seja necessariamente verdade, a percepção é benéfica em ajudar os pais a superar o choque inicial do júnior ou da filhinha chegar a casa dizendo que quer começar a praticar boxe. A percepção é de que o capacete, de alguma forma, faz com que seja mais seguro.




Na verdade são os juízes que protegem os lutadores, e previnem as lesões. No entanto, como qualquer fã sabe, o instinto de um lutador, um veterano em especial, é mostrar para a multidão ou um árbitro, que não foi machucado pelo golpe tomado (vide Shogun no UFC 104 a cada golpe recebido), muitos que são nocauteados dizem depois da luta que não lembram o que aconteceu, eles estavam lutando por instinto, após uma concussão.


No MMA, em contrapartida, parece-me ser mais seguro por causa da ação rápida dos árbitros quando um lutador é atordoado. A não ser que tenhamos árbitros incompetentes como ocorreu no último Jungle Fight no Rio de Janeiro, onde um atleta já nocauteado continuou a receber uma sairavada de golpes sem a intervenção do Juiz. Neste mesmo combate, um lutador fraturou a tíbia e a fíbula, não podendo mais se manter de pé foi ao chão, o juiz já deveria ter encerrado a contenda ali, mas esperou até o mesmo ser nocauteado para terminar. A adição de paradas durante a luta, comumente feita no Karatê, também significa que as lutas podem parar mais cedo, com menos danos.


A Demência pugilistica (DP), também chamada de encefalopatia traumática crônica (CTE), ou encefalopatia pugilística, é uma desordem neurológica que pode afetar os pugilistas, profissionais de MMA e jogadores de futebol americano. Estes atletas recebem vários golpes na cabeça. A Demência pugilística é a forma mais grave de lesão cerebral traumática crônica, geralmente se manifesta com a diminuição de habilidades físicas e mentais, demência e doença de parkinson.


A encefalopatia desenvolve-se ao longo de um período de 12 a 16 anos após o início de uma carreira no boxe ou no MMA. A doença afeta cerca de 20% destes profissionais. É causada por abalos repetidos, ou golpes subconcussivos (golpes que estão abaixo do limiar da força necessária para causar abalo), ou ambos. Devido à preocupação com esta doença, os profissionais de medicina tentam proibir a prática do boxe desde a década de 50.

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