terça-feira, 17 de março de 2009

Karatê brasileiro: tristeza sem fim




O ano de 2009 é apontado como ano do Karatê desportivo. Nunca se viu tanta união entre os karatecas no mundo todo em busca de dois objetivos: a unificação e a entrada da arte marcial no programa olímpico. Contudo o Brasil parece que vai na contramão do resto do mundo.


Presidente da Confederação Brasileira de Karatê (CBK), Edgar Ferraz defendeu-se das acusações de que teria, em represália a atletas opositores, mudado o critério para o recebimento do Bolsa Atleta na modalidade. De acordo com o dirigente, o fato de alguns dos medalhistas do Pan do Rio estarem sem apoio do governo federal deve-se a uma "burrada" dos antigos treinadores.

 

Nomes como Juarez dos Santos, Carlos Lourenço e Vinicius dos Santos, respectivamente ouro, prata e bronze na disputa carioca, não contam mais com o auxílio de 1500 reais porque a CBK inscreveu, no Ministério do Esporte, o Pan específico da modalidade (disputado em maio de 2007, no México), como a disputa mais importante da temporada, preterindo os Jogos de julho - o problema é que, para a primeira competição, o Brasil mandou um time "B", deixando sua força máxima para os combates em solo nacional, onde alcançou sete pódios.

 

"Temos que considerar a competição mais importante aquela organizada pela entidade que nós somos filiados, a Panamerican Karate Federation. Não temos nada com a Odepa, responsável pelo Pan do Rio, que é filiada ao COB", afirmou o dirigente, que admite um erro, mas se exime de qualquer culpa. "Houve uma burrada na época, mas não da Confederação e sim dos técnicos (Geraldo de Paula e José Carlos de Oliveira)", emendou.

 

Ferraz vai ainda mais longe e afirma que esse foi um dos principais motivos que o fez substituir os treinadores da seleção brasileira no final do ano passado. "Fomos o único país que não participou do Pan do México com o seu time principal e agora começam a falar inverdades sobre mim por aí. Mas eu não podia me meter na decisão deles", justifica.

 

Procurado pela Gazeta Esportiva.Net para comentar o assunto, Geraldo ficou indignado com as acusações e rebateu o antigo chefe. "É típico dele (Edgar) este tipo de acusação, tirando o corpo fora. Na época, resolvemos montar uma seleção A e B para preservar nossos melhores atletas de lesões, pois o Pan do Rio era mais forte tecnicamente. Nos foi garantido de que não haveria problema nenhum, mas depois houve uma inabilidade política da Confederação para contornar essa situação e agora ele nos acusa", afirma.

 

Garantindo não estar arrependido de sua decisão de dividir os caratecas em dois grupos em 2007, Geraldo afirma que, se soubesse que isso prejudicaria os atletas, não teria o menor problema em mudar o planejamento. "Vínhamos de bons resultados em competições internacionais e nossos adversários estavam impressionados. Por isso, decidi adotar a estratégia de não participar do Pan do México. Porém, se o Edgar me falasse que essa decisão comprometeria os atletas, a gente teria feito o sacrifício. Mas não foi falado nada", assegura.

 

Através de um e-mail, ele, inclusive, provou que pediu demissão do cargo. "Sai por livre e espontânea vontade porque não concordava com a maneira como eles tratavam os técnicos e atletas. E não seria ético continuar lá discordando da situação. Só não fui antes porque atletas pediam para eu ficar", assegura, denominando a CBK como um "zero à esquerda" em termos de gestão.

 

Mais conseqüências - A falta de verbas decorrentes do cancelamento do Bolsa Atleta também impediu Juarez, Carlos e Vinícius de, mesmo classificados, disputar o Campeonato Mundial, realizado no Japão no ano passado - consequentemente, eles também não foram chamados para o treinamento do Pan deste ano, uma vez que os critérios exigiam ou a participação no Mundial ou o título brasileiro.

 

"Esses critérios foram uma decisão dos técnicos de agora e eu não posso ficar me metendo na decisão deles, pois não dá para ficar metendo essa parte política na parte técnica. Não sei o porquê esses atletas não foram para o Mundial, mas outros foram", afirmou Ferraz, lembrando que a CBK não possui recursos para auxiliar a todos e cada atleta deve buscar patrocinadores, sejam eles prefeituras ou o Bolsa Atleta.

 

Apesar de ter a sua última eleição contestada na Justiça, o presidente da CBK alega que tem feito tão bom trabalho que "apesar de sua vontade, nunca o deixaram sair do cargo", que ocupa desde 1992. Questionado se os medalhistas do Pan não podem fazer falta para o Brasil no Pan-americano de maio, programado para as Antilhas Holandesas, o dirigente foi direto: "Se fosse assim, o Pelé estaria jogando até hoje"

1 comentários:

João Henrique dos Santos Ribeiro disse...

bem, vou começara vender Oleo de peroba, falar que el faz bem ao Karat6e pelo amor de DEUS!!! Eu continuo com a min ah pergunta que ninguem responde qual a fonte de renda do senhor Edgar Ferraz , qual sua função profissional? ele é formado em alguma coisa? Travbalha em alguma empresa? É um profissional comp;ettente registrado em que area? oswaldo vc deveria colocar esta pergunta no site eu adoraria saber a resposta. E ainda tem aqueles que o apoiam, como o sr. Romic e Celso rodrigues eles tbm viajam como? Já qque o Celso nem outra função tem ? Não possue faculdade e etc... aonde arruma $ para tantas viagens ? estranho né... Esta feito o Desafio

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