sábado, 3 de maio de 2008

Visita ao Kojo no Tsuki

Quem visita o Kojo no Tsuki também aproveita as belezas naturais de Maricá. Só neste pequeno grupo de karate-kas, que freqüentam o Kojo no Tsuki, em termos de competições nacionais (Campeonatos Brasileiros e Copas do Brasil) temos 6 medalhas de ouro, 5 de prata e 5 de bronze.

No último fim de semana visitamos o mais famoso dojo da Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Especificamente na cidade de Maricá.

O mar de Maricá

Cidade que encanta pelas belezas naturais de suas serras, lagoas, cachoeiras e uma vasta praia de 45Km. O dojo abriga a AMK - Associação Maricaense de Karate-Do.


Variedade nas horas vagas dos treinamentos: cachoeira, mar e a serra

Maricá estende-se por 363,81 km² . O acesso à cidade pode ser feito tanto pela RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto), que liga o município às cidades de Niterói, São Gonçalo e Saquarema, quanto pela RJ-114, que faz a conexão com o município de Itaboraí pela rodovias RJ-104 que leva a BR-101.

Nem na hora do lazer o Karate-Do é esquecido

O município de Maricá também é conhecido por suas propriedades rurais – chácaras e grandes fazendas, muitas delas ricas em conteúdo histórico. Numa delas fica o famoso dojo.

Vista do dojo mais famoso da Região dos Lagos do Rio de Janeiro.

É na zona rural que encontramos o Dojo Kojo no Tsuki, que é o nome de uma famosa canção folclórica japonesa. A tradução para o português deste nome é “Luar sobre a Lagoa”. O nome define bem o dojo, pois o mesmo oferece uma bela vista de uma das lagoas de Maricá. Durante a noite, quando os treinamentos são executados, se pode ver realmente o luar refletindo na lagoa.

Karate-kas recebendo as instruções do Sensei José Roberto Braga, fundador do dojo.

Durante os treinamentos, nos intervalos entre os kiai, também se pode ouvir os sons da natureza de grilos, passarinhos e outros animais silvestres. O dojo, localizado em uma zona rural de Maricá, fica a cerca de 7 km da área urbana. Quando Lyoto Machida falou ao "Assassino Africano", no final de uma luta de vale-tudo no Pride "- vá treinar Karate na selva". Ele também poderia ter dito: "Vá treinar Karate-Do na zona rural de Maricá!".


O Sensei José Roberto Braga na difícil função de técnico

Não há custo ou mensalidades para os alunos (exceto a dedicação e perseverança). Por amor ao Karate-Do, o Sensei José Roberto Braga, 3o. dan, não tem nenhum ganho financeiro, apenas despesas com seus alunos quando participam de competições. Patrocínio seria bem vindo mas o Karate enfrenta problemas de ordem estrutural que dificulta a aproximação de patrocinadores.


Makiwara do dojo em frente a um dos repositórios de medalhas (que são muitas). Será de propósito?

O acesso é difícil, mas como tudo que é bom também não é fácil. Lá se encontra um excelente treinamento. São 4 horas diárias de Karate-Do, de segunda a sexta-feira. O treinamento começa as 5 horas da tarde e termina por volta das 9 horas da noite. Conforme mandam os princípios da Fisioterapia e Educação Física, o treinamento começa com uma sessão de flexionamento e termina com outra de alongamento. Para quem não é do ramo parece um pouco com tortura medieval. Em seguida, são treinados kihon (marcial ou voltado ao shiai, conforme o planejamento do calendário), kata, jiyu ippon kumite e (jiyu/shiai) kumite, além das técnicas especiais em atenção ao esporte. O treinamento é muito duro, típico do Karate-Do Shotokan.

O estandarte do dojo visita sempre os mais importantes campeonatos do Brasil

Tanto suor, dor e lágrimas também trazem suas conseqüências douradas. Só nos últimos dois anos, o dojo conseguiu nada menos que 3 Campeonatos Brasileiros de kumite, 4 Copas do Brasil (2 kata e 2 kumite), 4 Campeonatos Estaduais (2 kata, 2 kumite), 4 Campeonatos Regionais e muito mais. Resultados estes que põe o dojo como um dos que mais se aproximam do que se chama de "alto rendimento" do Karate desportivo. Abaixo o vídeo de um dos karate-kas deste dojo, trata-se de Eric Braga.



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