quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Kuro Obi Agrada a Crítica







Título original:Kuro Obi
Director: Shunichi NAGASAKI
Elenco: Akito YAGI, Tatsuya TSUJINAKA, Juji SUZUKI, Taro SUWA, HAKURYU, Takashi NAITO (narração)
Tempo de filmagem: 95 mins.
Estréia
Kuro-obi(Kuro-obi,
Japão, 2007)
Festival de Cannes 01 de maio de 2007
Festival de Montreal: 26 de agosto de 2007
Japão: 13 de outubro de 2007


Se você rotulou os filmes de formais para as obras de Shunichi Nagasaki o mais recente sai completamente da linha. Faixa preta (kuro obi), como sugere seu título, é um filme de artes marcial. O nome sugere, inevitavelmente, voadoras, grito de romper o tímpano, armas voando e emagamento de ossos. Pensará nos músculos de Jean-Claude Van Damme, que tenta executar tal cinema com alguma semelhança de graça. Há bastantes exemplos em história de cinema e de filmes de artes marciais que eram de fato filmes de primeira. Martin Scorsese, Akira Kurosawa, Sanshiro Sugata esses dois vêm a mente e isso pode ser considerado clássico, justamente por eles perceberam que o assunto de qualquer filme de artes marcial é sobre seres humanos, e a devoção para alcançar as metas e que efeitoisso traz a eles, que devoção pode ser usando com relações a outros seres humanos.


Não é nenhum acidente que a palavra 'arte' faz parte do termo 'artes marciais, é uma parte crucial a isso. A maioria dos filmes de artes marciais, porém, tende a negligenciar isto em favor do espetáculo físico, ou uma preocupação de fetichista com a virilidade masculina e violência. Bruce Lee tentou harmonizar o desejo do gênero para perícia de ator com uma pura expressão das filosofias ao coração das artes marciais, mas ele nos deixou antes que pudesse atingir esta meta. Desde então, tenta-se retratar "verdadeiras" artes marciais em exibições de coragem física.

O cinema japonês não tem nenhuma escassez de filmes sobre artes marciais que tratam dos desafios filosóficos de aprender como matar e mutilar. Desde o começo os filmes de Chanbara trataram dos espadachins que tentaram achar um equilíbrio por um lado entre as habilidades mortais ao mesmo tempo nas implicações sociais e políticas de dar para os homens o direito de usar os braços. Poucos exemplos existem em que a trilogia de Samurai de Hiroshi Inagaki e sua figura central de Musashi Miyamoto cuja vida inteira era uma indagação para uma sabedoria que poderia substituir o uso de violência. O ângulo sócio-político também foi explorado nas entradas de gêneros dos anos sessenta, por diretores inclusive Hideo Gosha, Kihachi Okamoto e Masahiro Shinoda.

Faixa Preta segue firmemente esta tradição, desde que tenta dar expressão a filosofia atrás das artes marciais e explorar as ramificações sociais de levar a cabo aquela linha de pensamento. Começa em 1932, entre a elevação do militarismo, depois do estabelecimento da colônia de Manchukuo no nordeste da China, a história centra em um trio de karate-kas. Que estudam karatê com um mestre já idoso em um dojo pequeno nos bosques de Kyushu central, Choei, Taikan e Giryu (Yagi, Tsujinaka e Suzuki, todos faixa preta de karate na vida real). A educação física deles está completa, mas ainda precisam desenvolver o espírito da arte completamente. A oportunidade aparece quando uma companhia da polícia militar de kempeitai vem requisitar o dojo deles para uso como quartel militar. Taikan e Giryu resistem, e quando o sócio mais velho Choei está ferido em uma tentativa para manter a paz, eles desafiam o chefe (Hakuryu) para uma luta. Até mesmo com a espada em punho, o oficial não é nenhuma páreo para Giryu que o derrota.


Quando o sensei morre eles são coagidos, o três karate-kas sem escolha vão trabalhar para o exército como instrutores. Porém, no caminho, o filho do chefe desonrado e a filha vem vingar o pai deles que cometeu seppuku em vergonha. Giryu, entendendo que o único modo para evitar um ciclo de violência é lhes permitir ser derrotado e se deixa ser perfurado pela lança da mulher jovem. O corpo dele rola a ladeira e é deixado como morto.

O marcante de Faixa Preta é não só o fato do momento de Giryu e Taikan acharem sua próprias formas de esclarecimento. Também é a decisão de roteirista Joji Iida para fixar a história nos anos 30s entre a elevação de militarismo. A narração de abertura em cima de uma montagem de manchetes de jornal e arquivos de fotografa, enquanto recontando a fundação de Manchukuo e o assassinato do Primeiro-ministro Inukai, por jovens oficiais.

Manchukuo era o resultado de uma campanha militar que tinha sido iniciada pelo que é conhecido como o "Incidente de Manchurian" no qual os líderes das forças profissionais japonesas, na China Nordeste, organizaram um ataque das próprias rotas de provisão e culparam os chineses (como fizeram os americanos em Cuba na guerra contra a Espanha). Foi o plano cuidadosamente delineado para dar para ao exército uma desculpa de penetrar mais profundamente na Manchuria.

Apesar da ação militar, que é completamente insubordinada, o Imperador indeciso negligenciou castigar os oficiais rebeldes, enquanto dava o poder crescente aos militares e debilitando a influência do governo.

Onde há ideologia, há propaganda, enquanto significando que os cinemas não foram poupados de tal intromissão. Sustentado pelos sucessos de Yamato (Otokotachi nenhum Yamato, 2005), sobre os dias finais do mega-couraçado de batalha condenado da Marinha Imperial, e Japão Sinks (Nihon Chinbotsu, 2006), que revisitou respectivamente e recorreu a II Guerra Mundial por uma neblina decididamente rosa-tingida de heroísmo e a glória de abnegação, o governador de Tóquio e novelista Shintaro Ishihara montaram para "Esses Nós Amamos" de Shini Iku (2007) um descaradamente folheto revisionista e disfarçou como uma ode a pilotos kamikaze. Escrito por Ishihara e dirigiu por Taku Shinjo, o filme tenta reescrever história colocando conceitos apologistas que se criou depois da guerra nas bocas desses que de fato lutaram. Uma cena onde se vê o oficial de Marinha de alta patente jogado por Masato Ibu que expressa uma das partes favoritas dos revisionistas de retórica, que o Japão entrou na Guerra de Pacífico para "livrar seus irmãos asiáticos de imperialismo branco."

Taikan e Giryu representam os opostos de escuridão e luz. Taikan aprecia a oportunidade de lutar contra oponentes mais fortes, seduziu-se pelo "lado escuro", usa a força para seus próprios fins apropriando outro dojos na região. Enquanto Taikan muda de direção para brutalidade gratuita, as visões de Giryu é que sua arte é para ser usada puramente para propósitos defensivos o que o tornam passivo e fatalista. O pequeno irmão dela o chama de covarde. Taikan e Giryu formam o yin e o yang que ainda têm que perceber que eles precisam aceitar uma parte do outro dentro deles para se equilibrar e achar a harmonia, e assim aprendem a última lição que eles procuram. Quando eles deixaram o dojo, eram altamente treinados, mas eles ainda eram espiritualmente e essencialmente crianças: elevados na bolha protetora do dojo de karatê, eles foram ensinados mas eles nunca tiveram verdadeiramente experimentado.



Esta narrativa se trata de alguns dilemas morais muito fundamentais inerentes nas artes marciais (e em Budismo em geral), e faz assim com grande explanação. A história também pode ser interpretada como uma alegoria da campanha de Manchurian, com a polícia militar que conquista um dojo (ou cidade) depois de outro, usando o menino local vanglorioso Taikan como um fantoche com disposição.



Quando a lição é finalmente instruída, nós espectadores contemporâneos podemos ridicularizar e achar isso óbvio, mas nós estaríamos errados por assim fazer. A lição não é óbvia o filme é que traz uma comunicação clara e entendível. A aproximação do diretor Nagasaki está completamente de acordo com o ponto central. O estilo sóbrio dele reflete o conceito de autodomínio, enquanto retratando as cenas de artes marciais sem espetáculo mas com intensidade, tirando o melhor dos dois atores não profissionais e como artistas marciais.
O filme Faixa Preta é um excelente filme de artes marcias que não é apenas sobre lutas galantes, mas com conteúdo.

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