terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Miyamoto Musashi: o espadachim invencível


A arte da vitória segundo o espadachim invencível,
autor de "Os Cinco Elementos" é considerado o maior Samurai da história do Japão

A maioria das informações sobre Miyamoto Musashi são retiradas do Livro de Yoshikawa Eyji e alguns consideram meras suposições. Por este autor Miyamoto Musashi, aos treze anos de idade, abateu um adulto, seu primeiro adversário em uma luta de espada. Daí até os trinta anos, em suas andanças pelo Japão, como desafiado ou desafiante, medirá forças em outros sessenta duelos, saindo invicto de todos. Consta que somente em dois encontros não chegou ao final: um, com um velho mestre, perito nas artes esotéricas da luta, que o enfrentou com um leque; em outra ocasião, contra um rude camponês que empregou um ku-sarigama — corrente de metal como lançadeira, com um peso em uma das pontas e pequeno alfanje na outra extremidade. Torna-se uma figura lendária em todo o Japão, e, ao mesmo tempo, um “signo de contradição”.

Cognominado de “o santo samurai”, era
visto pelos ortodoxos do kenjutsu, luta de espadas, como um heterodoxo, fora da lei e das normas, um samurai degenerado'. Contra todas as regras, criou uma escola que usava duas espadas, em lugar de uma. A partir de certa altura, abandonou a nippon-tô, a espada de aço tida como símbolo nobre do samurai, passando às vezes a enfrentar seus inimigos com espadas de pau — bokken —, na realidade cacetes em formato de espada, com que derrotava seus inimigos. O último deles, Sasaki Kojirô, que abatia com sua espada andorinhas em vôo, foi vencido com o cabo de um remo que Musashi afeiçoara no barco enquanto cruzava o mar para enfrentar seu desafiante que o aguardava em uma ilha.

Liquidou um menino — o último
representante de uma academia que o desafiara e lhe preparara uma emboscada com numerosos espadachins — espetando-o contra uma árvore, episódio que a “arte samuraica da espada” considerava herético e hediondo — o primeiro porque só reconhecia o uso da cutilada no pescoço; hediondo por tratar-se de um menino, ainda que dado como apto por sua academia para desafiá-lo.

Era um gigante em estatura e descuidava de sua pessoa e de sua
higiene, contra todas as normas da compostura samuraica. Um desesperado. A crônica ortodoxa do kenjutsu o abomina. Invicto, aos trinta anos se retira do “caminho da espada”. Tornou-se uma lenda, mas desaparece de circulação. Mergulha em uma “vida oculta”. Reaparecerá quase um quarto de século mais tarde e se inscreverá na memória da posteridade não por seus feitos de espada, mas pelo livro que deixou — o Gorin no Sho, O livro dos cinco elementos, como Yamashiro aptamente o denomina em sua tradução, e não “dos cinco círculos” ou “dos cinco anéis” —, considerado uma suma da estratégia para a vitória em qualquer campo e contra qualquer inimigo. Livro que vem sendo traduzido e reeditado no mundo inteiro.

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