quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Karatê, o esporte limpo

Equipe médica anti-dopping da WKF.
A WKF possui uma grande e competente equipe que trabalha no anti-dopping. A atuação no último campeonato mundial, realizado no Japão,  foi levado de maneira séria e competente. O Dr. Hamid Zaeimkohan, presidente da WKF-ADC disse que os membros de sua equipe possuem cursos que garantam o perfeito desempenho de seus oficiais no que se refere aos testes de controle do dopping no cumprimento do códigos internacionais.Ele também acrescentou: "sempre fazemos muito testes de controle em todos os dias de cameponato". 


Infelizmente, ao contrário do Karatê, outros desportos abusam do uso do dopping. Recentemente houve uma campanha, por exemplo, na natação, onde o dopping se torna cada vez mais comum. Isso tudo ocorreu após a comprovação da fortíssima nadadora Rebeca Gusmão.





No MMA, que é um esporte de lutas, mas que ao contrário do Karatê não se utiliza de protetores e os golpes são aplicados diretamente no adversário tem uma grave consequência. Seus praticantes, além do uso indiscriminado do dopping, ainda usam drogas para supressão da dor. Ou seja, elevam o problema ao quadrado. Este problema foi amplamente divulgado no Brasil depois que Royce Gracie foi punido com um ano de suspensão e 2.500 dólares de multa por uso de dopping. Como Rebeca Gusmão ele negou o uso.




O uso de anabolizantes pode levar a problemas irreversíveis no fígado e no coração, além de morte súbita, mesmo em atletas jovens. (No caso do usuário confesso Kevin Randleman, o problema foi nos rins. Randleman foi pego falsificando o exame de urina para o Pride USA, de outubro de 2006, e quase morreu em janeiro deste ano de falência renal).




O gigante Mark Kerr, outrora o “homem mais temido do mundo de 1997 a 2003, o wrestler americano foi do topo do mundo ao fundo do poço, e teve sua brilhante carreira interrompida pelo vício em drogas. Preocupado em alertar o mundo dos perigos desse caminho, ele fez o filme “The Smashing Machine”, relatando seu drama.



Mas, pelo visto o mundo do MMA ignorou.



Um dos problemas é a maneira como a fiscalização tem sido feita no MMA. Enquanto não há agências reguladoras de âmbito nacional ou internacional, os promotores, que percebem a necessidade de fazer algo, improvisam. Nos Estados Unidos, eles dependem das Comissões Atléticas de cada estado, que realizam testes logo antes ou depois das lutas. Isso facilita o despiste, já que os atletas dopados sabem exatamente quando podem ser testados. As regras ainda variam de estado para estado – desde os mais sérios, como Novo Jérsei, onde todos os atletas são testados e as suspensões passam de dois anos na terceira incidência; até os mais relaxados, como o Texas, onde os testes são opção do promotor.



Phil Baroni foi pego no teste referente à sua luta no evento do Strikeforce em que enfrentou Frank Shamrock. A Comissão Atlética do Estado da Califórnia detectou duas drogas ilegais no organismo de Baroni, e deu-lhe a mesma punição de Royce – um ano sem lutar e 2.500 dólares de multa. Especialistas afirmam que alguns lutadores, que não têm condições financeiras, vão parar de tomar; e outros, que têm estrutura, vão procurar médicos que os ajudem a encobrir o uso. ”




É consenso entre gente do meio, como os atletas Murilo Ninja e Murilo Bustamante, e o empresário de lutas Carlo Malta, que a maioria dos lutadores de vale-tudo toma algum tipo de droga para melhorar seu desempenho.




Multas proporcionais às bolsas podem funcionar, ao menos provisoriamente, enquanto o vale-tudo é incapaz de unificar o controle mundial do uso de drogas como o exemplo do Karatê da WKF. Hoje o lutador barrado nos Estados Unidos pode muito bem ir lutar no Japão, na Inglaterra, na Irlanda. Até onde essas punições são mesmo punições, e até onde é uma questão só política, para dar uma falsa moral ao esporte? Talvez a situação melhore com multas altas, já que as pessoas tendem a seguir as regras quando dói no bolso.

Deu positivo
Josh Barnett – UFC, 2002
Tim Sylvia – UFC, 2003
Kimo Leopoldo – UFC, 2004
Kevin Randleman – Pride USA, 2006
Nick Diaz – Pride USA, 2007
Carter Williams – Strikeforce, 2007
Phil Baroni – Strikeforce, 2007
Johnnie Morton – K-1 Hero’s, 2007
Royce Gracie – K-1 Hero’s, 2007



Doping nos outros esportes
Ben Johnson, velocista, Seul-1988
Floyd Landis – vencedor da volta da França em 2006
Guillermo Cañas – tenista argentino, 2002
Mark McGuire – astro rebatedor do basebol, 2005
Giba – jogador de vôlei, 2003
Maradona – Copa dos EUA de 1994




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