
Quando Paulo Vieira “pendurou” o kimono
Jornal Liberal de 01/07/2007
Quem viu e aplaudiu hoje ainda deve guardar lembranças do vitorioso karate-ka paraense Paulo Vieira, remanescente da época de ouro da arte marcial do Estado. Aos 49 anos, ele decidiu parar e se aposentou dos tatames. Ele é da geração de Carlos Bruce, Carlão, Pedro Yamaguchi, Nabi Bittencurt, Antônio Souza, entre outros grandes lutadores, titãs dos tatames. Destes seus contemporâneos, apenas ele permanecia na ativa, sempre disputando títulos.
Agora, depois de quase 30 anos de luta, decidiu guardar o kimono, junto com sua faixa-preta de 4º Dan. Ele revela que esta decisão foi tomada após o seu retorno do Campeonato Pan-Americano Master disputado em Macapá (AP), onde sagrou-se campeão de kumitê. Ele começou a pensar em parar de competir desde ano passado. Somente agora tomou a decisão, mesmo se considerando num bom momento. ‘’Achei o momento oportuno, ou seja, saí por cima quando ainda estou em boa forma’’. Para ele, a conquista em Macapá encerrou com chave de ouro a sua carreira de lutador.
Uma história de sucesso acompanha o karate-ka que começou praticar arte marcial aos 16 anos no extinto Clube de Judô e Karatê do Telégrafo, na sede do Uberabinha, longe dos olhos do pai, que queria outra profissão para o seu primogênito. ‘’Trabalhei em muita coisa. Fui até balconista, mas meu negócio era o Karatê’’, lembra. Paulo recorda que decidiu encarar o esporte como meio de sobrevivência a partir do surgimento da Associação Budukokay, sob o comando do sensei Pedro Yamaguchi.
Sempre se destacando entre os melhores do Pará, Paulo Vieira começou colecionar títulos estaduais e nacionais. Também participou de diversas competições internacionais. ‘’Estive duas vezes em Mar Del Plata, chegando ao quarto lugar no Campeonato Sul-Americano. Fui tetracampeão Norte e Nordeste, além de ser o primeiro a ganhar o Troféu Romulo Maiorana de Karatê, em 1993’’.
Com uma folha extensa de títulos, medalhas, troféus e diplomas, Paulo Vieira criou sua própria associação, a ‘’Paulo Vieira’’, na qual passou abrigar todos seus irmãos, também karate-kas. Depois vieram os sobrinhos. Hoje, o clã dos Vieiras cresce no caratê paraense. Não é difícil ver um Vieira se destacar em competições nacionais. Só ele tem quatro filhos: dois homens e duas mulheres que também praticam o Karatê com apoio do pai.
À MODA ANTIGA
Segundo Paulo Vieira, o Karatê atual difere muito do que era praticado há 30 anos. ‘’Mudou muita coisa, No meu tempo se praticava o Karatê na sua essência. Era cacete no duro. Tive dentes e costelas quebradas em campeonatos. Hoje vale o toque. Recentemente participei de uma competição pensando ser na regra antiga e acabei fazendo adversário desmaiar e fui desclassificado. Mudou muita coisa no Karatê, mas prefiro à moda antiga’’, conclui.
Em relação a sua situação profissional, ele não se queixa de nada, pois tudo que tem é fruto do Karatê. ‘’Parei de lutar, mas continuo dando aulas, ministrando clínicas e fazendo palestras pelo interior’’, informa Vieira.
Lutador venceu fora do tatame sua maior batalha
Ano passado, foi fora dos tatames que Paulo Vieira venceu uma das maiores batalhas em sua vida: um drama de saúde que abalou a sua família. ‘’Cheguei ser desenganado pelo médico e a minha família tinha encomendado meu funeral, mas consegui, com fé em Deus, me recuperar e estou vivo e lúcido para contar minha história’’, diz. Ele fez uma palestra em Redenção, no sul do Pará, e acha que ingeriu água com algum tipo de contaminação. Quando voltou para Belém, começou a sentir sintomas de um rotavírus. Acabou intoxicado com os remédios que tomou. Vieira definhava a cada dia, chegando a pesar 46 quilos. O lutador foi submetido a uma operação no estomâgo, mas o resultado não foi o esperado.
Já sem esperanças de cura, Paulo recebeu apoio de um amigo, que o indicou remédios caseiros que agiram de forma milagrosa. ‘’Fiquei delibitado e só andava amparado. Hoje estou na minha plenitude. Nada mais sinto e a minha saúde está mil maravilhas’’, comemora.
EXEMPLO
Paulo Vieira lembra que uma de suas maiores alegrias aconteceu quando o seu pai, Paulo Vieira, então com 70 anos, decidiu praticar o Karatê. De acordo com Paulo Vieira, o seu pai começou a sentir dores lombares e foi aconselhado a fazer exercícios. ‘’Com os movimentos de Karatê, ele sentiu-se bem e hoje é faixa-preta 2º Dan. Isso é uma prova de que o Karatê faz bem à saúde e não se trata de esporte violento’’. Outra felicidade do campeão é ver os filhos seguindo o mesmo caminho.
Títulos de Paulo Vieira
Campeão Paraense 1981, 82, 83, 86, 87,88,89,90 e 1998
Campeão Norte-Nordeste 1986,87,89 e 1990
Troféu Romulo Maiorana 1ª Edição 1993
Padrinho da 7ª Edição do Troféu Romulo Maiorana 2001
Conquistas nacionais
Vice-campeão brasileiro (CBK) 1983
Campeão brasileiro (CBK) 1993
Vice-campeão Shotokan 2000
Conquista internacional
Campeão Pan-Americano 2007
Agora, depois de quase 30 anos de luta, decidiu guardar o kimono, junto com sua faixa-preta de 4º Dan. Ele revela que esta decisão foi tomada após o seu retorno do Campeonato Pan-Americano Master disputado em Macapá (AP), onde sagrou-se campeão de kumitê. Ele começou a pensar em parar de competir desde ano passado. Somente agora tomou a decisão, mesmo se considerando num bom momento. ‘’Achei o momento oportuno, ou seja, saí por cima quando ainda estou em boa forma’’. Para ele, a conquista em Macapá encerrou com chave de ouro a sua carreira de lutador.
Uma história de sucesso acompanha o karate-ka que começou praticar arte marcial aos 16 anos no extinto Clube de Judô e Karatê do Telégrafo, na sede do Uberabinha, longe dos olhos do pai, que queria outra profissão para o seu primogênito. ‘’Trabalhei em muita coisa. Fui até balconista, mas meu negócio era o Karatê’’, lembra. Paulo recorda que decidiu encarar o esporte como meio de sobrevivência a partir do surgimento da Associação Budukokay, sob o comando do sensei Pedro Yamaguchi.
Sempre se destacando entre os melhores do Pará, Paulo Vieira começou colecionar títulos estaduais e nacionais. Também participou de diversas competições internacionais. ‘’Estive duas vezes em Mar Del Plata, chegando ao quarto lugar no Campeonato Sul-Americano. Fui tetracampeão Norte e Nordeste, além de ser o primeiro a ganhar o Troféu Romulo Maiorana de Karatê, em 1993’’.
Com uma folha extensa de títulos, medalhas, troféus e diplomas, Paulo Vieira criou sua própria associação, a ‘’Paulo Vieira’’, na qual passou abrigar todos seus irmãos, também karate-kas. Depois vieram os sobrinhos. Hoje, o clã dos Vieiras cresce no caratê paraense. Não é difícil ver um Vieira se destacar em competições nacionais. Só ele tem quatro filhos: dois homens e duas mulheres que também praticam o Karatê com apoio do pai.
À MODA ANTIGA
Segundo Paulo Vieira, o Karatê atual difere muito do que era praticado há 30 anos. ‘’Mudou muita coisa, No meu tempo se praticava o Karatê na sua essência. Era cacete no duro. Tive dentes e costelas quebradas em campeonatos. Hoje vale o toque. Recentemente participei de uma competição pensando ser na regra antiga e acabei fazendo adversário desmaiar e fui desclassificado. Mudou muita coisa no Karatê, mas prefiro à moda antiga’’, conclui.
Em relação a sua situação profissional, ele não se queixa de nada, pois tudo que tem é fruto do Karatê. ‘’Parei de lutar, mas continuo dando aulas, ministrando clínicas e fazendo palestras pelo interior’’, informa Vieira.
Lutador venceu fora do tatame sua maior batalha
Ano passado, foi fora dos tatames que Paulo Vieira venceu uma das maiores batalhas em sua vida: um drama de saúde que abalou a sua família. ‘’Cheguei ser desenganado pelo médico e a minha família tinha encomendado meu funeral, mas consegui, com fé em Deus, me recuperar e estou vivo e lúcido para contar minha história’’, diz. Ele fez uma palestra em Redenção, no sul do Pará, e acha que ingeriu água com algum tipo de contaminação. Quando voltou para Belém, começou a sentir sintomas de um rotavírus. Acabou intoxicado com os remédios que tomou. Vieira definhava a cada dia, chegando a pesar 46 quilos. O lutador foi submetido a uma operação no estomâgo, mas o resultado não foi o esperado.
Já sem esperanças de cura, Paulo recebeu apoio de um amigo, que o indicou remédios caseiros que agiram de forma milagrosa. ‘’Fiquei delibitado e só andava amparado. Hoje estou na minha plenitude. Nada mais sinto e a minha saúde está mil maravilhas’’, comemora.
EXEMPLO
Paulo Vieira lembra que uma de suas maiores alegrias aconteceu quando o seu pai, Paulo Vieira, então com 70 anos, decidiu praticar o Karatê. De acordo com Paulo Vieira, o seu pai começou a sentir dores lombares e foi aconselhado a fazer exercícios. ‘’Com os movimentos de Karatê, ele sentiu-se bem e hoje é faixa-preta 2º Dan. Isso é uma prova de que o Karatê faz bem à saúde e não se trata de esporte violento’’. Outra felicidade do campeão é ver os filhos seguindo o mesmo caminho.
Títulos de Paulo Vieira
Campeão Paraense 1981, 82, 83, 86, 87,88,89,90 e 1998
Campeão Norte-Nordeste 1986,87,89 e 1990
Troféu Romulo Maiorana 1ª Edição 1993
Padrinho da 7ª Edição do Troféu Romulo Maiorana 2001
Conquistas nacionais
Vice-campeão brasileiro (CBK) 1983
Campeão brasileiro (CBK) 1993
Vice-campeão Shotokan 2000
Conquista internacional
Campeão Pan-Americano 2007








1 comentários:
A despeito de esta reportagem afirmar que o prof Antonio de Souza não compete mais, isso também é recente. Há cerca de um ano ele está de volta ao Brasil, após 17 anos no Japão. Enquanto esteve no Japão ele competia e acumulou muitos títulos na Terra do Sol Nascente. Hoje ele é sétimo dan e representante da JKF no Pará. Um verdadeiro samurai, meio esquecido, infelizmente, a matéria sobre o problema da "divisão" dos estilos nem citou o sensei Antônio do Genseyriu, achei isso um absurdo.
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