
Dos 100 alunos de karatê do pólo do Programa Art Luz da Fronteira, cinco atletas foram classificados na competição “The Best of The Best” (“O Melhor dos Melhores”), que aconteceu em maio, no Rio. Agora, os atletas vão disputar seletiva no próximo dia 28, no Ibirapuera (São Paulo). Se conseguirem bons resultados poderão competir no Campeonato Sul-americano, em Córdoba (Argentina).
Larissa Barbosa, de 16 anos, Luana Silva (16), João Wescly (19), Darlan Aranha (18) e Maxuillian (17), irão a São Paulo lutar pela oportunidade de defender o Brasil, na competição internacional, que reunirá países da América do Sul. Os karatecas têm apoio da Fundação de Esporte de Macaé (Fesporte) da prefeitura. Duas lutadoras participam do programa bolsa atleta. O estilo de luta deles é o shotokan.
De acordo com o professor de karatê, João Henrique dos Santos Ribeiro, que dá aulas de arte marcial no Programa Art Luz desde 2001, todos os alunos na Fronteira (bairro localizado na periferia da cidade) seguem pontualmente as regras de seu método de ensino.
A base da metodologia alicerça-se em quatro pontos: primeiro o mestre de karatê promove a inserção dos alunos no grupo; depois ele cobra dos aprendizes posturas e realização de movimentos básicos. Em terceiro, João Henrique realiza exame de faixa para os karatecas e por último é feita a seleção dos atletas que irão treinar diariamente no Ginásio Maurício Soares Bittencourt, onde é realizado treinamento intensivo com suporte de musculação, fisioterapia, entre outras coisas.
- Os adolescentes de famílias em situação de risco socioeconômico devem ter referências positivas. Quando um professor como eu os leva a São Paulo, a Goiás e outros lugares com a finalidade de competir sadiamente, eles vêem pessoas de diversos projetos sociais brasileiros, que passaram pelas mesmas dificuldades que eles tiveram e são felizes agora como karatecas - comenta João Henrique.
Ele conta que as regras da arte marcial são as mesmas para todos. Ricos e pobres são protagonistas de uma mesma oportunidade. Não há distinção de classe social no karatê e sim igualdade. “É necessário incutir nos alunos garra para lutar e trabalhar na sociedade. Tudo bem que o esporte tira os jovens do mundo das drogas e de diversos males, porém o karatê colabora para proporcionar boa formação, cujos frutos serão para toda a vida”, declara.
O professor de karatê frisa que o apoio da prefeitura, coordenação do Programa Art Luz, Fesporte, comunidade da Fronteira, é fundamental para o surgimento de novos atletas. “O prefeito Riverton Mussi é uma pessoa que se preocupa com a comunidade mais carente, viabilizando projetos que promovam a inserção social desses jovens”, finaliza.








0 comentários:
Postar um comentário