quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

No K1 também tem karateca brasileiro Glaube Feitosa




O brasileiro de 33 anos Glaube Feitosa, que chegou recentemente às semifinais do K-1 World GP, vencendo nas quartas-de-final o russo Ruslan Karaev e perdendo na semi para o tricampeão Peter Aerts, falou exclusivamente com o site TATAME. Além de conversar sobre seu último confronto, o brazuca também contou sobre sua rotina de treinamento forte e suas grandes expectativas para 2007. Glaube, que mora hoje em Tóquio, no Japão, e treina na equipe Ichigeki, nos contou sobre a evolução do Karatê Kyokushin, modalidade que pratica há 21 anos, além de palpitar sobre os grandes nomes do K-1 e do Vale-Tudo no Brasil e no mundo. “Dentro do Vale-Tudo eu posso dizer que admiro muito o Minotauro. Ele é técnico demais, isso é ótimo em um lutador”, disse Glaube sobre o atual número 2 do ranking do Pride.

Qual o maior nome do Karatê Kyokushin na sua opinião? Poxa, é difícil de responder.. Mas que eu tenha conhecido é o Francisco Filho. Ele começou no K-1, é o grande percussor do Karatê Kyokushin. Mas do Brasil e da atualidade eu posso citar o Everton Teixeira e o Andrews Macarrara. Os dois são muito bons, no mesmo nível.

Quantas lutas você já fez no K-1? Já lutou em outras modalidades?
Não sei dizer ao certo, mas eu já fiz por volta de 25 lutas no K-1. Eu pratico o Karatê Kiokushin há 21 anos então é difícil saber. Mas eu nunca lutei em outra modalidade, sempre lutei o Kyokushin. Qual o seu maior objetivo na carreira? E dentro do K-1? Na minha carreira como lutador, o meu objetivo sempre foi lutar cada vez melhor e conseguir colocar na luta aquilo que eu treinei. E já no K-1 eu posso dizer que meu objetivo é ser campeão... Eu sinto que 2007 vai ser um grande ano e tenho certeza de que conseguirei isso.

Você acha que o ano de 2006 foi o melhor ano para você por enquanto?
Acho que 2005 foi melhor, porque fiquei em segundo lugar. Mas posso dizer que 2006 teve sua importância porque eu passei para as semifinais sem repescagem. Em 2006 cheguei à semifinal por mérito meu, não dependi do resultado de ninguém e por isso posso dizer que o ano foi bom sim. Mas 2007 acho que será o melhor. Onde você mora hoje? Em Tóquio, no Japão. Eu treino lá com a equipe Ichigeki Plaza. Eles me dão toda a infra-estrutura por lá: acomodação, comida, tudo.

E você treina o que por lá? E como você faz com a língua japonesa? Lá eu estou 100% focado no Kickboxing, mas eu treino lá na academia o Kyokushin também. O japonês ta difícil (risos), mas a galera toda lá da equipe fala inglês e tenho minha mulher lá para conversar em português, então dá tudo certo. Você já fez o teste das cem lutas? Não, nunca tentei. Que eu saiba só o Francisco Filho e o Ademir da Costa que fizeram. Quais as maiores estrelas da luta em pé, na sua opinião? Como já falei antes, acho que o Francisco Filho. Ele revolucionou o esporte e sempre me espelhei nele. Mas lá fora eu posso dizer que é o Ernesto Hoost, ele é muito técnico, muito bom.

O que você acha que falta para a parte de trocação do Brasil ser top no mundo?
Mais atletas. O MMA tem uma quantidade enorme de atletas, lá fora é uma febre de MMA e nós precisamos disso, de material humano. E precisamos de mais eventos também e um maior reconhecimento financeiro. Acho que premiações com boas bolsas seria um incentivo a mais, como é um incentivo para os lutadores de MMA.

Quem você admira no K-1 e no Vale-Tudo? No K-1 eu admiro o Peter Aerts, que me venceu. Ele é muito bom e tem um espírito guerreiro. E não posso também deixar de citar o Ray Sefo, que é um cara super experiente. A gente treina junto e ele me ajuda muito. Já no Vale-Tudo eu posso dizer que admiro muito o Minotauro. Ele é técnico demais, isso é ótimo em um lutador. Ele vai com calma, com a técnica dele e consegue a vitória.

Você pensa em lutar Vale-Tudo? Já treina para isso? A idéia me atrai sim, mas hoje não tenho nada concreto não. O pouco que já treinei até hoje não foi nada sério, treinei com os amigos mesmo. Mas isso é mais para o futuro e eu gosto de me focar sempre no presente.

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